domingo, 12 de outubro de 2008

O Último Canto da Coruja

Foi durante as comemorações da passagem do ano de 2007 para 2008 que, após assistirmos aos fogos em Copacabana, fomos para Botafogo e, entre uma garrafa de vinho e outra, surgiu a idéia de que um terceiro curta deveria ser feito. Estávamos eu, minha noiva Paula, Lucas Salgado (que participou de “A Geração”) e, um grande reforço, Gustavo Catão (que não participou dos anteriores por um erro do destino). Surgiu um notebook e um roteiro clichê começou a surgir à medida que garrafas de bebidas variadas começavam a cair.
Depois de alguns dias de revisão, tínhamos um roteiro de um trash ligth não muito criativo, mas que atendia nossa necessidade de filmar. Foi quando começou a enorme saga em busca de “atores”, que, de não em não, foram reduzindo o elenco a nós mesmos. O Gustavo topou arriscar, conseguimos convencer a Letícia Meireles (“O Pacto das Árvores”) a fazer um papel e, com um rápido telefonema para Belo Horizonte, tínhamos David Carvalho para o papel mais interessante, que, de quebra ainda compôs uma boa música original para o curta (eu nunca pensei que fossemos ter isso um dia).
Viajamos todos para o interior de Minas onde as filmagens seriam feitas. Dois dias de muito trabalho regado a algumas falhas que se mostraram grandes depois, e tínhamos terminado a parte mais divertida. Agora era só levar o material para BH e editar. Só? Esse trabalho durou (acredite) 9 meses! É claro que a falta de tempo foi a maior causa disso, mas o trabalho de esconder os erros técnicos para tornar tudo aquilo mais “assistível” foi complicado. Finalizada a edição, o curta passou por um tratamento de áudio, por Isaac Dutra, que conseguiu diminuir ruídos, transformar o áudio de 1 para 2 canais, e dar um acabamento final ao som.
Então, ai está, um curta que consegui desagradar quase toda a “platéia teste”; “O Último Canto da Coruja”.



“O Último Canto da Coruja” (Outubro 2008) GUSTAVO CATÃO, LETÍCIA MEIRELES, DAVID CARVALHO, FRED ALONSO direção CELSO MEIRELES, GUSTAVO CATÃO, LUCAS SALGADO roteiro CELSO MEIRELES, GUSTAVO CATÃO, LUCAS SALGADO edição CELSO MEIRELES edição de som ISAAC DUTRA música original DAVID CARVALHO fotografia still PAULA ESCHENAZI agradecimentos GUILHERME SALGADO.

sábado, 28 de junho de 2008

A Geração que Fumou Chocolate (repercussão)

Eis um caso interessante: Quando entreguei o DVD de “A Geração que Fumou Chocolate” para Lucas Salgado, ele o levou para o Rio e, em uma cabine de impressa (para quem não sabe o que é isso; é quando uma distribuidora convida jornalistas para assistir um filme antes de seu lançamento para poderem escrever a crítica de antemão), entregou o DVD para que um crítico amigo seu pudesse assistir. Quando foi devolver o DVD, em outra cabine, outro crítico pediu para assistir, e quando esse foi devolver, outro se interessou, e, de mão em mão, boa parte da crítica cinematográfica carioca assistiu “A Geração”. Além de recebermos feedbacks da nata, isso gerou um fato curioso. Foi na cabine de lançamento do filme dos irmão Coen “Onde os Fracos Não Têm Vez” (que posteriormente venceria o Oscar de melhor filme de 2007) que os jornalistas cariocas riram quando o personagem principal, Llewelyn (Josh Brolin), proferiu; “Se eu não voltar, diga a minha mãe que a amo”. Sim, eles riram porque identificaram que era praticamente a mesma frase dita por Lucas Salgado (que estava presente na cabine) em “A Geração que Fumou Chocolate”. Obviamente, não se tratava de plágio, já que “A Geração” foi feito bem antes do filme dos Coen, mas mesmo sabendo que era mera coincidência, escutar a pergunta “Você viu a referência a ‘A Geração que Fumou Chocolate’?” de um crítico era o melhor elogio que podíamos receber.

A Geração que Fumou Chocolate

Após escrever um roteiro (uma homenagem aos anos 80), liguei para o crítico de cinema, e também primo, Lucas Salgado que se prontificou a participar. Precisávamos encontrar a pessoa certa para a personagem da menina que ignorava ícones de um passado recente, e a atriz de teatro belo-horizontina Bia Salgado caiu como uma luva no papel. Na falta de um ator, tive de prejudicar a execução completando eu mesmo o elenco. Com alguns contatos, conseguimos um boteco de nome curioso “Bar Bante” na cidade de Andrelândia-MG como locação (agradecemos ao Rodrigo por permitir que a equipe mantivesse o bar por tanto tempo fechado até o término das gravações). Dois dias de filmagens, começando pelo fim e terminando pelo início, foram suficientes para gerar o material necessário para que, em alguns dias de edição, conseguisse montar um curta que, apesar de todos os problemas técnicos, conseguiu agradar muita gente até agora.



“A Geração que Fumou Chocolate” (Novembro 2007) LUCAS SALGADO, BIA SALGADO, CELSO MEIRELES direção CELSO MEIRELES roteiro CELSO MEIRELES edição CELSO MEIRELES assistência de direção PAULA ESCHENAZI assistência de edição LETÍCIA MEIRELES assistência de set VINÍCIUS SALGADO, LUCIANA CARVALHO agradecimentos GUILHERME SALGADO, RODRIGO DO “BAR BANTE”.

sábado, 21 de junho de 2008

O Pacto das Árvores

Perdoe-me Glauber, mas foi com uma máquina fotográfica na mão e nenhuma idéia na cabeça que “O Pacto das Árvores” foi criado. Não posso desprezar o primogênito só porque não tínhamos roteiro ou porque uma lente embaçada pôs pouco a perder. É apenas o resultado de 20 minutos de filmagens e mais de 5 vezes isso de edição em condições que chamar de Guerrilla seria demais.



“O Pacto das Árvores” (Abril 2007) LETÍCIA MEIRELES, FRED ALONSO direção CELSO MEIRELES edição CELSO MEIRELES, LETÍCIA MEIRELES assistência de direção PAULA ESCHENAZI.

Um pouco de Guerrilla

Começar é preciso. E começo a postar nesse blog não com o objetivo de fazer um diário on-line, mas simplesmente divulgar e manter os interessados (que não são muitos) informados sobre o andamento dos curtas-metragens que estamos fazendo. O nome “Um pouco de Guerrilla” foi escolhido porque melhor representa o que estamos fazendo. Equipes quase inexistentes, câmeras fotográficas que também filmam, locações com pessoas que não fazem idéia do que está acontecendo ali; Guerrilla é mais que cinema independente, ou melhor, é menos que cinema independente. Como dizemos no início das filmagens: Câmera, Ação! (orçamentos insuficientes para a luz)